• Objetivo: Avaliar se a prescrição de alta dose de proteína (≥ 2,2 g/kg/dia) melhora desfecho clínico em pacientes críticos, nutricionalmente de alto risco e submetidos à ventilação mecânica quando comparada à prescrição da dose usual de proteína (≤ 1,2 g/kg/dia). 
• Estudo clínico randomizado
• Número total de pacientes: 1.329. 
• Conclusão: Após 60 dias, a incidência cumulativa de alta hospitalar foi de 46,1% (IC 95%; 42.0%–50.1%) no grupo alta dose proteica e de 50,2% (IC 95%; 46.0%–54.3%) no grupo dose usual (taxa de risco 0.91, IC 95% 0.77-1.07; p=0.27). A taxa de mortalidade em 60 dias foi de 34,6% no grupo alta dose protéica versus 32,1% no da dose usual (risco relativo 1,08, IC 95%; 0.92-1.26). O estudo concluiu que a administração de doses mais altas de proteína não melhorou o tempo de alta  hospitalar ou mortalidade. Análises de subgrupo sugerem que a dose mais alta de proteína pode ter piorado o desfecho clínico em pacientes com lesão renal aguda ou escores de insuficiência orgânica altos

Referência: Heyland DK, Patel J, Compher C, Rice TW, Bear DE, Lee ZY, et al; Equipe EFFORT Protein Trial. The effect of higher protein dosing in critically ill patients with high nutritional risk (Effort protein): an international, multicentre, pragmatic, registry-based randomised trial. Lancet. 2023 Jan 25;S0140-6736(22)02469-2.